segunda-feira, 7 de setembro de 2009

O Hipotálamo:
a) Libera o hormônio de liberação e inibição do GH.
b) Libera o hormônio de liberação e inibição da tireotropina.
c) Libera o hormônio de liberação da corticotropina.
d) Libera o hormônio de liberação do FSH e do LH.
e) Libera o hormônio de liberação da prolactina.

A adenohipófise:
a) Recebe o hormônio de liberação e inibição do GH e o libera. Há aumento do tamanho das células e da divisão celular, resultando no crescimento dos tecidos.
b) Recebe o hormônio de liberação e inibição da tireotropina (TSH) e a libera. O TSH estimula a tireóide a liberar os hormônios T3 e T4, que aumentam os receptores para noradrenalina, resultando no aumento do metabolismo celular (síntese de ATP) e aumento do trabalho celular.
c) Recebe o hormônio de liberação da corticotropina e a libera. Há estimulação do córtex adrenal para que este secrete cortisol, resultando no controle dos processos inflamatórios.
d) Recebe o hormônio de liberação de FSH e LH e os libera. Eles estimulam o ovário a secretar hormônios, tais como estrogênios e progesterona, e causar a ovulação.
e) Recebe o hormônio de liberação da prolactina e a libera. Ela estimula as glândulas mamárias e causa lactação.

Obs.: Os hormônios de liberação devem sempre chegar em maior quantidade que os de inibição.

Controle da secreção hormonal

Retroalimentação negativa

Também chamada de Feedback negativo, ocorre quando há diminuição do estímulo que irá informar a necessidade de liberação ou inibição de hormônios.

Exemplo¹: As altas taxas de glicose no plasma sangüíneo é um estímulo forte que vai informar às células beta do pâncreas que é necessário que ele libere o hormônio insulina. A liberação favorece maior absorção de glicose pelo fígado e pelos tecidos musculares, assim, haverá uma diminuição das taxas de glicose no sangue e o estímulo ficará enfraquecido.

Exemplo²: Altas taxas de cálcio no plasma sangüíneo é um estímulo forte que informa a glândula paratireóide que é necessário a liberação do hormônio PTH. A liberação permite a maior retirada de cálcio da matriz óssea e direcionamento para a corrente sangüínea, a maior absorção de cálcio pelo intestino, a redução da perda de cálcio pela urina. Ocorrerá, então, o aumento das taxas de cálcio no plasma sangüíneo e o enfraquecimento do estímulo.

Observem!!!
O que classifica a retroalimentação negativa é o enfraquecimento do estímulo e não se as taxas aumentaram ou diminuiram.



Retroalimentação positiva

Também chamada de Feedback positivo, ocorre quando há amplificação do estímulo que irá informar a necessidade de liberação ou inibição de hormônios.

Exemplo: O bebê, quando está pronto para nascer força a parede uterina, gerando um estímulo forte. As células nervosas presentes na parede uterina geram sinais nervosos que são conduzidos por uma via aferente até o hipotálamo, que por seu controle neuro-endócrino sobre a glândula hipófise, envia os sinais nervosos à neurohipófise, para que esta libere o hormônio ocitocina. A ocitocina tem a função de auxiliar no parto e irá causar a contração uterina. Sentindo-se apertado o bebê irá forçar a parede uterina ainda com mais força e o circuito irá recomeçar a cada vez com um estímulo mais forte que o circuito anterior.

Observem!!!
O que classifica a retroalimentação positiva é a amplificação do estímulo, ou seja, quanto mais intenso torna-se o estímulo inicial.

sábado, 15 de agosto de 2009

Interações Hormonais

Hormônios permissivos

A presença de um hormônio potencializa a ação do outro.
Exemplo: adrenalina e hormônio da tireóide (T3 e T4) causam a lipólise (liberação e degradação de triglicerídeos nas células adiposas), porém, um desses hormônios atuando sozinho não é capaz de manter a mesma intendidade do efeito.

Hormônios sinérgicos

Dois hormônios atuam com uma determinada finalidade.
Exemplo: FSH (hormônio folículo estimulante) e o estrógeno causam o amadurecimento do oócito, mas isso só ocorre se nenhum dos dois atuar isoladamente.

Hormônios antagônicos

Os hormônios apresentam efeitos contrários.
Exemplo: a insulina favorece a diminuição das taxas de glicose no plasma sanguíneo quando estas estão altas.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Classificação dos hormônios

Hormônios gerais e específicos

Para causar uma resposta celular os hormônios devem ser reconhecidos por receptores celulares.
- Hormônios gerais: são aqueles que encontram receptores em diversos tipos celulares.
- Hormônios específicos: são aqueles que encontram receptores apenas em um grupo limitado de células.


Classificação química dos hormônios

- Derivados dos aminoácidos: fixam-se na superfície ou atravessam a membrana. Por exemplo: T3, T4, adrenalina, dopamina, melatonina, histamina.
- Peptídicos e protéicos: sempre fixam na superfície. Por exemplo: GH, PTH, ADH, ocitocina.
- Derivados do colesterol: sempre atravessam a membrana, também são conhecidos como esteróides. Por exemplo: progesterona, estrógenos, testosterona, cortisol, aldosterona.


Solubidade dos hormônios

- Hormônios solúveis em lipídios: são apolares e encontram seus receptores apenas no interior da célula, no citoplasma ou núcleo.
Exemplo: T3 e T4 (derivados dos aminoácidos);
cortisol, aldosterona, testosterona, progesterona, estrógenos e andrógenos(derivados do colesterol).
- Hormônios solúveis em água: são polares e são reconhecidos no exterior celular. Exemplo: PTH, ADH, GH, insulina (proteínas);
FSH e LH (peptídicos);
glucagon, melatonina, serotonina, histamina, adrenalina, dopamina (aminoácidos).


Hormônios locais e circulantes

-Hormônios locais
Parácrinos: saem da célula para ser reconhecido pela célula vizinha.
Autócrinos: saem da célula para ser reconhecido pela própria célula que o liberou.
-Hormônios circulantes: são os hormônios que precisam ir para a corrente sanguínea para serem reconhecidos por suas células alvo.


Transporte de hormônios pelo sangue

-Hormônios solúveis em lipídios são transportados por proteínas transportadoras presentes no plasma.
-Hormônios solúveis em água são transportados livremente pelo plasma.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Hormônios

São moléculas sinalizadoras, ou seja, possuem uma informação que deverá passar para o interior da célula. Ao interiorizar a informação, a célula muda o seu comportamento.

Por exemplo: O pâncreas secreta hormônio insulina. As células alvo desse hormônio são, principalmente, as células do fígado (hepatócitos). A informação que a insulina transmite às células alvo é que estas devem absorver mais glicose. Sendo assim, ao ser reconhecida pelas células alvo, a insulina absorve mais glicose.

Se houver excesso de glicose nos túbulos renais, não há absorção, pois a água tende a entrar, diminuindo a quantidade de água no sangue, deixando-o mais viscoso e com menor volume. Quanto menos água houver no sangue, mais fraco será o batimento cardíaco, o coração ficará mais enfraquecido, podendo levar o indivíduo à morte.


Volemia

A volemia é o volume de sangue. A volemia do coração aumenta os batimentos cardíacos, por isso é utilizado diurético. O diurético elimina água do corpo, logo, diminui o volume do sangue, e conseqüentemente baixa a pressão sanguínea.

Exemplo: As altas taxas de glicose dificultam a reabsorção de água pelos túbulos renais (túbulos dos néfrons). Assim, o sangue perde parte do seu volume e o coração recebe menos sangue. Com a diminuição do volume de sangue, o coração também diminui sua intensidade de contração, causando queda da pressão sanguínea.

Sistema Endócrino: Glândulas e Hormônios

Glândulas

São estruturas derivadas do tecido epitelial que secretam (produzem e liberam) substâncias.

-Glândula endócrina: libera secreção no interstício (no meio extracelular ou matriz extracelular). Essa secreção é chamada hormônio. São exemplos de glândulas endócrinas as glândulas tireóide, hipotálamo, timo, hipófise, supra-renais e pineal.
-Glândula exócrina: libera secreção na superfície do epitélio de revestimento (superfície de corpo ou órgão oco). São exemplos de glândulas exócrinas: as glândulas mamárias, sebáceas, lacrimais e salivares.
-Glândulas mistas: apresentam os dois comportamentos. Liberam secreção na superfície do epitélioe no interstício. São exemplo de glândulas mistas o pâncreas, que secreta glucagon, insulina e suco pancreático; e o ovário, que secreta progesterona e o ovócito.

Formação das glândulas a partir de epitélios de revestimento

O epitélio de revestimento sofre uma invaginação, as células resultantes da invaginação são células modificadas capazes de secretar substâncias. Ocorre, então, um estrangulamento, perdendo o tubo de comunicação com a superfície do epitélio e esta separa-se das células modificadas.


segunda-feira, 6 de julho de 2009

Automatismo Cardíaco

O impulso cardíaco

Algumas células cardíacas desenvolvem o potencial de ação naturalmente, ou seja, sem influência do sistema nervoso. Tais células podem ser encontradas no nodo sinusal, que acaba funcionando como um marca-passo. Isto ocorre porque as células do nodo sinusal apresenta potencial de repouso menos negativo (-50mV) que outras células musculares cardíacas (-90mV) e apresentam canais vazantes de sódio naturalmente abertos no repouso. Sendo assim, as células do nodo sinusal alcançam mais rapidamente o valor de -30mV, necessário para a abertura dos canais lentos de cálcio e sódio voltagem dependente (despolarização) e dos canais lentos de potássio voltagem dependente (repolarização). Logo, chegará mais rapidamente ao valor de +10mV, quando ocorrerá a troca de polaridade.


Junções comunicantes

As junções comunicantes das células musculares cardíacas transferem o cálcio em excesso de uma célula a outra, ocorre uma explosão de despolarização em todos os sentidos, gerando as ondas do eletrocardiograma em milissegundos.


A onda P é responsável pela despolarização atrial.
O complexo QRS é responsável pela despolarização ventricular.
A onda T é responsável pela repolarização ventricular.



Propagação do potencial de ação

É a disseminação do potencial de ação lateral e em direção aos ventrículos, a propagação ocorre pela presença de junções comunicantes.

O potencial de ação surge no nodo sinusal, localizado na parte superior do átrio direito, e a partir dele é propagado lateralmente e em direção aos ventrículos.Isso ocorre da seguinte forma: As células do nodo sinusal desenvolvem naturalmente o potencial de ação; a partir daí, íons de cálcio e sódio passam para as células vizinhas, causando a alteração de voltagem (-30mV), necessária para a abertura dos canais lentos de cálcio e sódio voltagem dependente e dos canais de potássio. Sendo assim, verificamos uma onda de despolarização dos átrios e ventrículos e, posteriormente, uma onda de repolarização.